Chuva de disparates

Pergunta: Como manter uma criança, que acaba de descobrir as diversões do Mundo, fechada numa casa, num dia de chuva?

Resposta: Com uma mãe a rezar por um Xanax e com muita paciência e imaginação para que a coisa não descambe num ataque, de berros e mau-feitio, típico de quem está aborrecido.

Foi assim o meu Domingo. O dia em que até Deus Nosso Senhor descansou. Pois...mas ele era homem. Para as mammys não existem dias de folga. A não ser que empandeirem as criancinhas para os avós. O problema é que sou uma terrível Mãe Galinha, muito possessiva e, como tal, não abdico de nenhuma horinha sem a cria. Mesmo que ao fim de algum tempo desejasse o contrário. Mas o pensamento é rapidamente banido, deixando até alguns remorsos, quando ela olha para mim e se desfaz naquele sorriso só dela.

Por isso é que não só lhe perdoo os disparates como, também, me orgulho deles. Tanto que até me dou ao trabalho de andar sempre a fotografá-los! Imaginem os albúns daqui a uns tempos: "Olha querida, aqui foi quando tu partiste a jarra de Cristal de Murano caríssima da mãe, vês os cacos, tão giros?" ou "Estás a ver estes pontinhos na testa? Foi quando te penduraste na prateleira da sala e levaste com a esquina em cima"...

Por hoje ainda não tenho desses para contar mas aqui ficam alguns dos disparates deste triste dia de chuva que transformou a Lesas em Furacão de Escala Máxima. Das gavetas até aos rabiscos que extrapoliaram o papel houve de tudo um pouco. Nem este querido teclado, de onde vos escrevo, escapou à terrível caneta da "piquena"... mas não foi por censurar, tá?!?