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domingo, 27 de abril de 2008

A caminho de alguma coisa


Já plantei muitas árvores.
Também já tenho uma filha.
Faltava apenas escrever um livro.
Entre o item das árvores, ou talvez até antes dele, já alimentava este desejo de escrever. Escrever a sério. O exercício começou com o primeiro diário que a Mãe me ofereceu. Desenvolveu-se nas composições da escola onde, quase sempre, era a melhor da turma e, portanto, era obrigada a ir de sala em sala a ler aos outros meninos as palavras que escrevia.

Na faculdade troquei muitas cartas com uma colega-melhor amiga. Propositadamente. Combinámos escrever sempre uma à outra aquilo que os olhos-nos-olhos por vezes não permitiam. Por medo, falta de tempo, sei lá... As minhas interrogações passaram a ter um destinatário que já não era apenas um dos muitos diários que passei a coleccionar ao longo dos anos.
Depois veio o jornalismo e, com ele, uma nova escrita. Sem grande margem para dúvidas pessoais. Escrita isenta e objectiva. É o que se pede. Mas nunca concordei muito com isto. O relato de algo também tem sempre um bocadinho de nós na medida em que quem informa escolhe um ângulo de abordagem. Dois jornalistas não escreveriam da mesma forma um mesmo acontecimento. No entanto, ambas as notícias seriam válidas.
Cultivei a minha escrita. Sempre feita a olhar os outros. A inventar histórias possíveis de rostos anónimos que se cruzaram por mim. Um velho na rua com um gato, uma prostituta cabo-verdiana, pessoas-tipo que construí baseada em muita gente que se fundiu numa só. Gosto de escrever contos. Não sou de grandes palavras. Defeito profissional talvez... Mas prefiro pensar numa escrita depurada, sem floreados, directa ao íntimo de cada um, sem grandes rodeios ou alaridos para tocar os outros.
Poucas pessoas me leram. Não gosto muito de mostrar este lado de mim. Não é segredo mas é tão íntimo como algo inconfessável. E depois sempre achei que ainda era demasiado imatura para escrever a sério.
Até um dia.
Não faz muito tempo que a vontade, quase urgente, de escrever a sério veio à tona. E de um pequeno conto começou a nascer uma história. Não sei se grande história, isto é, se as pessoas vão gostar, se alguma vez irá ter estatuto de best-seller. Grande porque, pela primeira vez, me atrevi a alargar as fronteiras do conto e de mergulhar no texto. Ficção. Ou não...
A verdade é que achei que nunca seria capaz. Que nunca conseguiria fazer nascer uma história, deixar que as personagens nascessem na minha cabeça, que se entranhassem em mim e que me ditassem o rumo que queriam seguir. Sempre foi uma coisa que me fez muita confusão: como é que os escritores encontram tanto assunto, tantas histórias que acabam em livro?
Mas desta vez quis tentar. Arrisquei. Escrevi e parei. Deixei-me estar quieta duas semanas. E, de mansinho, a história veio até mim. Mais do que olhar para as coisas, para as pessoas, tentei ver. E sem saber bem como, o mundo mudou.
Corri para o computador e escrevi compulsivamente. Até à madrugada de ontem. Não sei quanto tempo estive neste estado de "transe". Só sei que escrevi, escrevi, escrevi e não tive sono, nem fome, nem cansaço. Foi como se estas personagens fizessem de mim marioneta e não descansaram até sairem cá para fora.
Sem saber como comecei e, nem tão pouco, como acabei, escrevi uma história. Grande.
Hoje finalmente percebi que as palavras criam caminhos. Nós só temos de os seguir...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Acho que sim!



Nesta que já é a rotina de espreitar o que as minhas amigas da blogosfera andam a fazer, encontrei um apontamento curioso com a Paula e também quis logo saber como seria o teste da minha casa ideal.

Bohemian Rhapsody foi o resultado para a miscelânea de estilos que gostaria de ter no lar doce lar. E acho que está mesmo certo.

Abaixo deixo as conclusões do meu teste que podem fazer AQUI

BOHEMIAN RHAPSODY
No one would ever accuse you of restraint when it comes to decorating and furnishing your home. You're a real glamour puss, never happier than when an opportunity arises to add another flourish of theatrical pizzazz to your home. We're not saying you're a drama queen, really...!

Living Room
You are drawn to all things that combine beauty with adventure. This is a high-octane, unabashed, sensual look that encompasses everything that's luxurious, voluptuous and curvaceous. Think rich fabrics, textured materials and glossy surfaces. While glamour makes a big, bold statement, it also smacks of total comfort and fun. Choosing accessories with a classical influence will give the room a sophistication it might otherwise have lacked, and will confirm your style credentials. Pastel pinks and yellows give the room a fresh, feminine feel, while glamorous prints and patterns are fun and stylish. Curled up on the sofa with a good book, your living room's the perfect place for some "me-time".

Bedroom
Your bedroom benefits from a lovely feminine touch. Sleep is fundamentally important to our well being. Clean, fresh air can truly aid sleep, but so, too, does a well-made bed and the best mattress you can afford. Touch is an important issue in the bedroom, from crisp, linen sheets to wool or even sheepskin underfoot. You like to surround yourself with pretty frills and flounces in your bedroom, using light, bright colours to create a refreshing retreat that's easy on the eye.


Dining Room
You're a maverick, blending a melting-pot style that's all your own. At home, the pleasure you take in your 'pick 'n' mix' approach to decorating gives the dining space a 'pot luck' sense of fun. The dining table is the perfect place for you to show off your kaleidoscopic approach to interior design and decoration: cups, saucers, plates and glasses of different colours, shapes and sizes can look vibrant and fun when executed with flair: just don't go overboard or try too hard. When it comes to entertaining, you love gutsy, wholesome, seasonal food.

Home Office
You like things floral and feminine, even in the home office. These days, almost all of us have a home office: a desk and a chair in one corner of the living room with adjustable task lighting and adequate filing is all it takes (and might be all the space you can afford). Pretty finishing touches can transform even the most utilitarian desks: a potted plant, a vase of flowers or family photographs can make all the difference.

Kids' Room
Let a child's room reflect his or her personality -- not yours! If you have the space for a designated playroom, great. If not, then giving your kids the biggest bedroom can be a smart move, certainly once they're past the toddler stage: it gives them a designated space to play, enabling you to keep the rest of your home more, rather than less, how it used to be. Cheap and cheerful is ideal when it comes to most things in children's rooms: not only do kids grow fast, they also grow out of fads and phases at an amazing rate.

Conclusion
Your home's a shrine to all things glamorous. E eu acrescento que ERA ISTO que eu queria...não quer dizer que seja o que tenha. Raio do Euromilhões nunca mais faz de mim uma excêntrica!!!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Aldeã Suburbana

Há já algumas noites, sempre que fumo o último cigarrinho do dia, que me deparo com o voo picado de um vulto de asas enormes, que faz sempre a mesma trajectória, até ganhar alguma nitidez e poisar, altivo, na rede do terceiro quintal abaixo da minha casa.

Da primeira vez que a vi fiquei estupefacta. Uma coruja na cidade? Ainda por cima grande como tudo? Calculei que tivesse fugido do zoo ou de outra gaiola qualquer e, sem me mexer, fiquei a observá-la à luz da noite. Penas brancas no rosto, asa branca no interior. Enorme!
Sou uma pessoa de rotinas. E todas as noites, por volta da mesma hora, lá vou à janela matar o vício de sempre. E todas as noitas a vejo chegar e partir para a tornar a encontrar na noite seguinte. Parece que esta coruja também tem os seus hábitos...

Ontem à noite, ao vê-la, dei por mim a pensar o que faria ela por aquelas bandas. Mas a resposta afinal até não era assim tão difícil de encontrar. A verdade é que, apesar de viver nos subúrbios, vivo numa aldeia! FREGUESIA!!! Reclamam alguns. Parece que é mais fino! Como se, de repente, ser aldeão fosse uma coisa depreciativa!

Pois eu cá adoro o facto viver na ALDEIA!!! Apesar de num prédio, tenho a felicidade de ter mato cerrado à frente de casa. Acho que é por isso que a coruja ali poisa todas as noites.

Na minha aldeia não há selvas de betão nem edifícios de mil andares a vomitarem gente. Somos poucos e todos nos conhecemos. Acreditam que conheço todas as pessoas do meu prédio? Sei em que andar moram, como se chamam, o que fazem, quantos filhos têm...

Todos nos cumprimentamos de manhã, seguramos a porta à tarde, para quem vem carregado de compras, não há faltas de educação nem portas fechadas na cara à má fila...

A senhora do café chama-se D.Céu e adora a minha filha. Dá-lhe pão todos os dias. E depois temos o mercado, o lugar onde mais gosto de ir e de estar, na minha aldeia. Há fruta e legumes frescos bem alinhados todos os dias pela Paula e pela mãe que estão mesmo ao lado da senhora da florista que largou o emprego de secretária de uma grande empresa para se dedicar ao sonho de viver no meio das flores.

Há a D.Deolinda, dona do cabeleireiro, que sempre que levo a Ema, me faz o favor de passear com ela na banca das frutas enquanto a Rute me arranja o cabelo e a Cristina, aspirante a cabeleireira, me conta os pormenores, cada vez mais requintados, da prova final de curso.

Também há um café que é da D.Glória, a simpatia em pessoa, avó babada de uma neta da idade da minha filha. Andamos sempre em longas conversas e conselhos mútuos sob o olhar enternecedor do muito educado Sr. Alberto que, assim que me vê entrar, pergunta logo se é "o do costume".

Do outro lado da estrada há um parque infantil e um centro de dia para idosos. Logo a seguir, a pequena igreja cujo tocar do sino a cada hora e meias horas, me vão guiando em casa. Nunca preciso de olhar para o relógio. Basta contar as badaladas ou ouvir o Avé Maria que me diz que já são 6 da tarde.


A partir das 8 da noite o sino cala-se. É sinal que a noite se aproxima.

Da minha janela, vejo a lua nascer e subir até ao alto do céu. E é por volta dessa hora que a minha coruja chega. Não preciso do sino para me dizer que a meia-noite chegou. Vem o vulto em voo apressado para acalmar no terceiro quintal abaixo da minha casa.

E eu olho para ela, para as estrelas, para as luzes da confusão suburbana lá ao fundo, respiro o ar da noite que cheira a flores do campo, lembro-me das pessoas que habitam neste meu mundinho e dou graças por ser uma aldeã suburbana!

E agora vão achar que estou a inventar...mas a verdade é que a minha aldeia fica mesmo ao lado no IC19!!! Dá para acreditar?

PS - Ando a pensar dar nome à dita...alguém tem sugestões?

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Todos ao Cirque!

Pela primeira vez em 30 anos fui ao circo e gostei!!!
Claro que O Cirque não tem comparação com os Dallas e Cardinallis que por aí andam mas, mesmo assim, mesmo assim entrei na tenda cheia de traumas.

Claro que os primeiros 5 minutos foram suficientes para me render à magia e não foram poucas as vezes que dei por mim com a pele a arrepiar-se, de boca aberta perante o espanto ou com lágrimas nos olhos (o que deve ter acontecido para aí umas 497 vezes...)

É impressionante!
Não só o espectáculo que é lindo de morrer e extremamente comovente mas, também, e o mais impressionante de tudo, a plasticidade daqueles corpos que se contorcem, que quando a deslizarem nas sedas aéreas parece que se vão partir em mil pedaços mas com uma poesia terrivelmente bela, as meninas pequeninas que já são artistas como gente grande....até dos supostos "palhaços"( que ODEIO) me ri e bati palminhas!!!!

Senti-me como uma verdadeira criança. Mais do que ver acho que vivi a magia. E foi tão bom entrar no mundo de Quidam!!!

Aqui ficam alguns dos momentos que vi...espero que o façam se puderem. Os bilhetes são caros bem sei mas....sabem que mais? O dinheiro não paga momentos assim. Pensando bem...a quantia até se torna irrisória quando a Alma se enche tanto :)



terça-feira, 15 de abril de 2008

Um baloiço com vista para o desconhecido

Se eu entrar neste baloiço. Se eu empurrar o corpo com muita força, se a velocidade aumentar, se os meus pés quase tocarem no céu. Se eu largar as mãos e saltar...

Voarei?
Onde vou cair? Na relva fofinha ou no cimento agreste?
Desatarei às gargalhadas ou chorarei com o tombo?
Sei que me irei levantar. Mas de onde?
Para onde olharei quando me recompuser?
Salto por impulso ou por desejo?
A vontade de pular será uma vertigem ou miragem?

Se eu cair...
Quem estará lá para me dar a mão se precisar?
Estou por mim? Contigo? Ou contigo? Com quem?
Curas-me as feridas?
Sacodes-me a poeira?
Dás-me um beijinho e dizes que está tudo bem?

Se eu voar...
Voas a meu lado?
Puxas-me quando estiver cansada?
Deixas-me ir se tiver de andar mais depressa?
Metes a tua mão na minha boca se o coração quiser saltar cá para fora?

Quero andar no baloiço. Tomar balanço e balançar.
Cair ou voar não importa.
Quero viver.
Mudar. Se tiver de ser...

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Divagação/divulgação cultural

Se houve coisa que eu verdadeiramente sempre quis ser foi bailarina. Bem sei que eu e todas as meninas do mundo. Mas acho que nunca foi por causa dos "tutús" rosa nem das fitas no cabelo...
Queria ser bailarina porque acho que os bailarinos fazem magia com a ponta dos pés.

Tive a sorte de crescer numa família de artistas. De ter um pai músico na Gulbenkian que, depois de me apanhar na creche, me levava aos estúdios de ensaios do saudoso e extinto Ballet Gulbenkian, onde passava horas a ver a plasticidade dos corpos, as gotas de suor que caíam dos cabelos dos bailarinos a cada movimento, a elasticidade das senhoras pequeninas e muito magrinhas que, depois de cada coreografia, calçavam grossas meias de lã para proteger os preciosos pés.

Cresci a ver "nascer" quase todas as coreografias dos últimos 30 anos. Não perdi estreia de nenhuma temporada. Convenci muitos cépticos a assistirem a um bailado. Consegui fazer que quase todos voltassem...

O pai inscreveu-me numa das melhores escolas de Lisboa. Era mesmo como nos filmes. Nós, as "ratinhas", carinhosamente assim chamavam às mais novas, todas alinhadas na barra, vestidas de preto e meias rosa, sapatilha de meia ponta. Tentando elevar a perna, esticar aquele tendão, em busca de uma pretensa graciosidade quando o corpo já dava sinais de dor e desgaste. A professora com uma bengala a marcar o compasso. "Pliê"!!! Deve ter sido a palavra que mais ouvia porque ainda hoje me recordo da exacta entoação com que era dita.

A caixa do "pózinho branco" à entrada do soalho de madeira. O piano de cauda e a senhora que nele tocava pequenas peças para musicar os movimentos. Foram alguns anos assim. A sonhar ser bailarina. Ainda prestei provas no Conservatório mas acho que a ideia de esfolar os joelhos na tarde anterior, pedalando desalmada e descontroladamente, por um caminho de terra batida, não me ajudou muito.

Fui excluída e nem sequer me dei ao direito de ter uma segunda oportunidade. Mas estive sempre por perto, no escuro da plateia, de olhos arregalados a sorver cada gesto.

Felizmente fui mais bem sucedida na minha segunda escolha profissional que, curiosamente, me leva muitas vezes ao sonho antigo. Continuo a não perder bons espectáculos de dança, vou aos ensaios e, sorte das sortes, tenho sempre o privilégio de poder conversar com os coreógrafos.

A Companhia Nacional de Bailado tem feito um excelente trabalho. Os bailarinos são fantásticos e de uma versatilidade incrível. Desde repertório clássico até ao contemporâneo, dançam tudo e dançam muito bem. A Agustina Bessa-Luís disse tudo numa só frase: "Um bailado da CNB vale por muitas missas". Eu subscrevo. E recomendo a quem nunca viu.

E isto serviu de introdução para vos apresentar um dos meus coreógrafos favoritos: O Sr. Mauro Bigonzetti que faz coisas lindas de morrer. A mim apetece-me sempre que aqueles momentos de palco não acabem nunca. Muito poético, muito físico, muito à flor da pele, muito tudo!

Só para dizer que, se puderem, não percam a Cantata que ele traz a Portugal, bem como, a estreia de Vasco Wellemcamp (um pas-de-deux maravilhoso) que fecha com uma peça de Enrri Oguike. São 3 estreias em 1 e todas valem muito a pena!!!

E porque hoje me deu para isto, aqui vos deixo algumas dos MILHARES de imagens que vou guardando das coreografias de Bigonzetti. Só para vos abrir o apetite. Espero que gostem :)






PS - Estas duas últimas são de Cantata que está no Teatro Camões, no Parque nas Nações. Vale mesmo muito a pena até porque os bailarinos cantam em palco.
Para quem nunca assistiu a um bailado, gostaria de citar a célebre frase dessa não menos célebre Sra, Alcina Lameiras: "Não negue à partida uma ciência que desconhece"

domingo, 6 de abril de 2008

Olhó Popó!!!

- Mamã!!! Grita ela a correr na minha direcção com um carrinho-miniatura parecido com este...
- Diz amor! Respondo eu toda embevecida, deitada no chão, de mãos abertas para a receber.
- Ai! Diz ela a rir
- Ai? Pergunto
Levo com a porra do carro na sobrancelha e solto um "AI" daqueles muito aflitos de dor
- Ai!!!! Ri ela a bater palminhas.

Moral da história:
Tenham sempre gelo no congelador porque nunca se sabe quando podemos ser "atropelados" pelas nossas crianças!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Porque é que as máquinas avariam e têm de ter nome?

O post de hoje é surreal! Dá para rir...
Aconteceu há minutos com uma colega aqui da sala. A máquina de lavar roupa dela avariou e fez uma data de peças reféns, inundadas de água e de detergente. Como devem calcular, já é mau ter a maquineta avariada quanto mais sabendo que se pode perder toda a roupa que lá está dentro caso a situação não seja resolvida de imediato.

Pois a Mónica chegou à sala e telefonou para os serviços de apoio da marca da dita. Pediram-lhe a referência mas ela não sabia. Vai daí e ligou para casa na esperança de que a D.Regina, senhora a dias, a ajudasse.

- D.Regina, veja lá a referência da máquina. Não...é aquela que fica ao lado dessa, essa é a da loiça. Sim...veja lá....
- Tem de ter uns números é?
- Sim, veja lá e vá ditando que eu tenho de dar essa referência.
- Ah, tem um 7, um 6 e um 5...
- E letras? Tem algumas letras antes ou depois?
- Não menina...
- Então não são esses, veja lá se vê mais....
- Ah, do outro lado tem! Um 4, 3, 2, 1....

A Mónica já se ri, cara de espanto ao telefone. Tapa o auscultador e diz "Oh meu Deus, ela está a ditar-me os programas da máquina". Deste lado nós rimos. E imaginamos a cena....

- Não D. Regina, isso são os programas de lavagem!
- Ah! Tá aqui! 1200 e 600!!!
- Pronto, D. Regina, deixe lá....

Olhar desolador e de gozo em simultâneo. Desta vez a D. Regina, toda contente pensando ter encontrado o Santo Graal, manda as rotações da dita!!!

E depois ainda dizem que a tecnologia é boa! Os tanques é que eram! Sabãozinho azul e branco, espuminha na água, mãos enrugadas, toneladas de roupa molhada! É que isto de "ler" as informações de uma máquina tem muito que se lhe diga!!!

Desconfio que a pobre da D.Regina quase que enfiou a cabeça no tambor da máquina para encontrar a tão desejada informação que, depois de muita risota e espanto, lá chega com um simples CDE 12 X....
:)