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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Ai phone!!!

De vez em quando pareço um boi a olhar para um palácio. Que é como quem diz, sempre que quero fazer qualquer coisa no meu I-Phone e ainda não sei como.... Não têm sido raras as vezes, confesso.

Tenho a certeza que noutros tempos da minha vida já era uma pró, uma expert da coisa. Hoje, como aliás já aconteceu noutras vezes passadas, rendo-me à minha condição de completa ignorante da coisa. Tipo loira dos I-Phones, entendem?

Ontem pedi para que me activassem o serviço de internet. Fiquei à espera, a carregar em todos os botões e aplicações. Em vão. Aquilo não dava sinal de vida nem por nada. Voltei a ligar para a operadora esta tarde. Do outro lado a vozinha irritante: "Sra Dona Ana, o serviço está activado desde ontem às 12 e merda" porque já nem ouvi o resto. Desligo. Volto a carregar em tudo. Nada! Nem tensão arterial, nem sistólica nem porra nenhuma. O mundo não queria, definitivamente, entrar no aparelho.

A minha sorte é que tenho um Rui que é assim uma espécie de anjo da guarda da maçã móvel. O Rui...aquele que, logho da primeira vez que fiquei sem bateria sem saber, me socorreu com um simples cabo de alimentação...Lá fui eu a correr, uma vez mais, a pedir ajuda para uma coisa tão simples. Nas mãos dele, claro! Faltava ligar o 3G. Óbvio!

Resolvido o mistério eis que me saio com a tirada que, CERTAMENTE, o fez pensar que sou mesmo uma atrasada mental:

- Porque é que estes teclados não têm acentos?
- Têm...diz ele a com ar de quem achou que eu estava a gozar com a cara dele.
- Mas o meu não faz! E até conheço muita gente que sofre do mesmo!

Ele olha-me. Acho que continua à procura de algum sinal de escárnio da minha parte. Percebe que não há...

- Então (diz ele como se eu tivesse 3 anos) carregas na letra e deixas fixar...

NO cabrão do écrã aparecem todas as acentuações possíveis da dita letra.

- Ah! Exclamo eu como se tivesse uma aparição da Nossa Sra de Fátima.

- Agora vais brilhar ao explicares isto aos teus amigos... (diz ele e eu imagino-o a pensar: "aos teus amigos totós")

Ele sorri. E diz-me que posso voltar sempre. Eu sei Ruil. E tu também sabes que voltarei. Muitas vezes!

Gosto muito do meu I-phone mas, como dizia o outro anúncio, às vezes só me apetece gritar " I-Phoda-se!!!!". Especialmente quando saio da sala do Rui com a nítida sensação de ser a miúda mais parva ao cimo da terra. :)))

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Pergunta

Podemos ter saudades daquilo que nunca fomos, sentimos, vivemos ou tivémos?

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Só podia!

Eu JURO que hoje, especialmente hoje, era mulher para sair à rua com um guarda-chuva destes!
A chuva irrita-me, é um facto. Deprime-me e frisa-me o cabelo. Fico com cara de quem levou com um pano encharcado bem no meio das trombas. Aliás...fico de trombas!

E pior fico quando, no preciso momento que saio de casa, mais do que uma tromba de água, parece que vem aí o Dilúvio, o fim do mundo. Não há Arca de Noé por perto. Trago a minha mala de marca a arrastar pelo chão. O casaco mal apertado. A lancheira da menina na mão. E a Dora Exploradora. E mais um monte de anûncios do Professor Caramba "colados" à mão da minha filha que, para ajudar à festa, me pede colo enquanto desce os degraus.

Chove a potes. Ao Deus de Ará. A rodos! O carro, percebo naquele instante, está longe. Ontem trabalhou-se até tarde e estacionou-se longe. O chapéu? No carro! Em casa não há nenhum. Então páro. Penso. Ponho tudo no chão. A mala de marca em cheio numa pegada de água e alguma lama. Facada no coração!!!

Peço à filha para que aguarde. "Mas não te sentes que a escada está molhada!". Fecho a porta do prédio e corro para o carro. Longe. O vento conspira e empurra a chuva para os beirais. Nem esses me valem nesta manhã molhada e já muito fora de hora...

Molho os estofos de pele do carro. Tiro o carro. Levo o carro à porta. Olho para o retrovisor e já eu sou uma sombra da imagem aprumadinha que vi há pouco na casa de banho. Olho borrado. Tenho de comprar um rímel à prova de água.

Saio com chuva. Tromba de água. Corro para o prédio e vejo a pequena a rir. "Ó mãe! Tás toda molhada!". Sim, penso eu, " e a Terra é redonda"...

Mete filha. Vendaval. Mais uma vez o vento a "deleitar-me" com o terceiro banho do dia. Ainda nem são 10 da manhã. No carro os estofos colam-se ao casaco pesado. E ela ri como se não houvesse amanhã. Inicio então o "kamasutra" de como prender o cinto da cadeirinha estando eu no banco da frente. Joelho no volante, perna esticada. Vira aqui, estende mais o braço e... missão cumprida!

Não vejo a ponta de um corno. O céu manda baldes de água. O asfalto faz saltar tampas de esgoto que vomitam mais uma enxurrada. A sorte é que eu, rapariga de pouca paciência, tenho treinado bastante e já aprendi a contar até 8. Ainda bem porque o cenário volta a repetir-se à porta da escola.

Instinto de mãe: "Caga lá no penteado e trata de tapar a miúda". Vai ela debaixo do chapéu. Eu a domar o vento. Com a Dora Exploradora debaixo de um braço. A princesa ao colo. A mala do lanche e o Professor Caramba que, pelos vistos, faz tudo menos livrar a malta do dilúvio.

Entro no carro. Volto a espreitar o espelho. A medo. E com razão. A franja recta transformou-se em pequenos corninhos eriçados. O liso está encaracolado. Parece que meti os dedos numa tomada. Limpo a cara com um lenço já usado. Qualquer coisa serve para voltar a ter ar de gente.

Chego ao trabalho esbaforida. Acordei há coisa de 2 horas atrás e já estou cansada....

Mas...eu e quantas mães? Quem é que hoje não amaldiçoou o tempo?

São Pedro ficou com as orelhas vermelhas. E depois?
Aposto que se fosse uma Santa a mandar no tempo, poupava as mães destas coisas!
Mas não...é homem. Só podia!
PS - Se alguém encontrar um chapéu destes à venda, por favor compre-me um!

domingo, 10 de janeiro de 2010

O portão

Olhar em volta uma última vez.

Sorrir ao recordar os momentos felizes encerrados num espaço que se perde para sempre.
Chorar pela inevitabilidade das coisas e da vida.
Trancar a porta.
Fechar o portão mandado construir para que a minha filha não saísse a correr para a relva.
Saber que a mãozinha dela não mais tentará abrir o trinco.
Mais um adeus mudo porque parece ridículo dizer alto e em bom som "Adeus casa, fui muito feliz aqui..."
Viro-lhe as costas e, assim, viro mais uma página da minha vida.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

I´m back!!!

Ao fim de 4 meses sem escrever...a vontade voltou!
Este blog está oficialmente RESUSCITADO e promete novas aventuras em breve.
Para os fiéis leitores, quero que saibam que, desde o último post, tudo ficou melhor. O Pai está bem e pronto para novas histórias!
Fiquem por perto, está bem?
Bjs