Se eu entrar neste baloiço. Se eu empurrar o corpo com muita força, se a velocidade aumentar, se os meus pés quase tocarem no céu. Se eu largar as mãos e saltar...
Voarei?
Onde vou cair? Na relva fofinha ou no cimento agreste?
Desatarei às gargalhadas ou chorarei com o tombo?
Sei que me irei levantar. Mas de onde?
Para onde olharei quando me recompuser?
Salto por impulso ou por desejo?
A vontade de pular será uma vertigem ou miragem?
Se eu cair...
Quem estará lá para me dar a mão se precisar?
Estou por mim? Contigo? Ou contigo? Com quem?
Curas-me as feridas?
Sacodes-me a poeira?
Dás-me um beijinho e dizes que está tudo bem?
Se eu voar...
Voas a meu lado?
Puxas-me quando estiver cansada?
Deixas-me ir se tiver de andar mais depressa?
Metes a tua mão na minha boca se o coração quiser saltar cá para fora?
Quero andar no baloiço. Tomar balanço e balançar.
Cair ou voar não importa.
Quero viver.
Mudar. Se tiver de ser...
3 comentários:
o desconhecido pode ser bom!Eu pelo menos aprendi a gostar dele! :)
Nunca é tarde para nos atirarmos de cabeça para o desconhecido...
... Afinal, foi assim que vim parar a Lisboa: numa sucessão de mudanças que aceitei sem questionar!
Força, atira-te ao baloiço!
Acho que a nossa vida se pode comparar a um baloiço. Às vezes anda mais depressa, outras mais devagar, às vezes largamos as mãos e caímos no cimento e choramos.
Outras, caímos na relva fofinha e rimos...
Não podemos é ficar com medo de andar neste baloiço e voar!
:)
Bjs!
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