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quarta-feira, 27 de agosto de 2008

AI!!!

Quase que não me posso mexer!!!
No final da semana fui brindada com uma porra de uma Contactura Muscular bem no meio das costas. O médico exigiu descanso. Pois...o médico não deve ter filhos...

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Como sobreviver aos filhos em férias...

Depois de alguns dias ao sol, a Sul, cá estou eu de regresso. Se as férias foram boas? Bem... as férias começaram agora! Confusos? Os que já são pais ou aqueles que privam com crianças percebem o que acabo de escrever... aos restantes passo a explicar.
Então comecemos pelo princípio:

CAPÍTULO I - A partida

Ir de férias com os filhos é como mudar de casa. A única diferença é que, em vez de um camião, a desgraçada da carrinha que comprámos quando a cegonha vinha a caminho tem de ter espaço para tudo. E a lista é interminável! Para além dos sacos de roupa dos pais ( que outrora nadavam na imensidão do porta-bagagens) agora acrescenta-se: a roupa da baby. Há a de sair à noite, a da praia, a de todos-os-dias.

O saco gigante de volumosas fraldas. A banheira. O carrinho de passeio. O triciclo. O saco dos baldes, pás, insufláveis, bolas e restantes tralhas coloridas para usufruto à beira mar. Outro saco. Com biberões. Papas. Chuchas em stock. Bolachas do Ruca.
A geleira! Porque a mãe não está para fazer sopas durante as férias, logo, congelou tudo. Um peso e um volume incríveis!
A carrinha até é jeitosa mas...os cavalos que tem dentro mas parecem burros de carga nesta altura!!!

CAPITULO II - A Viagem

Depois da ginástica de acomodação da tralha, eis chegado o momento da viagem.
Criança no banco de trás, bem presa na sua cadeirinha cor-de-rosa, retrovisor apontado à dita.
Cds com músicas infantis com fartura no porta-cds, água fresquinha, snacks para o caminho...
Mas fazer assim 300 kms não é tão fácil!!! É que se lhe dá um ataque de choro em plena auto-estrada, onde ela se lembra de pedir o colo do pai, que vai ao volante, está o caldo entornado.

A fantástica carrinha familiar tem um leitor de dvds. Nunca usado. Ainda na caixa. Desde a compra da viatura... A mãe lembrou-se. Ideia de génio! Pensa... Ideia parva! Resmunga o pai quando se vê a braços com a montagem da geringonça. Meia hora depois o Ruca finalmente dá sinais de vida. A babe bate palminhas. Os pais fumam um cigarrinho, do lado de fora do carro, com a cabeça já no extenso areal que os espera....

CAPÍTULO III - O primeiro dia de Praia:

Pés na areia! Finalmente! O mar é tão bonito! Vou-me vingar de um ano-cão!
São os pensamentos dos primeiros segundos diante da praia. Assim que se olha para o lado já a babe corre em direcção à água. Ainda tem a roupa vestida mas isso não importa. O que conta é dar um valente mergulho nestas ondinhas. Olha! Caí e enguli água! A mãe vai a correr. Ela ri-se e diz "MAIS!!!"
Neste capítulo posso assegurar por experiência própria que, se ainda existirem quilos a perder devido à gravidez, duas semanas de férias a correr pelo areal, de meio em meio minuto, fazem milagres!

CAPITULO IV - Os 15 dias que se seguem:

Uma das coisas boas de se ter crianças pequenas é o convívio.
Muito menos preocupadas do que nós, as crianças têm uma facilidade incrível de fazer amigos.
Por arrasto, os pais são obrigados a conviver com os outros pais enquanto as crias partilham baldes e chuchas à beira mar. E por vezes há descobertas surpreendentes!
Ou seja... tudo começa com um "Ema não batas à menina" ou com um "Constança dá imediatamente a pá à menina que está a chorar" e dali a nada já as mães confraternizam alegremente entre si e os pais falam dos cargos muito importantes que desempenham nos restantes dias do ano.

Este ano lá fui apanhada nas malhas da coisa. E dou por mim, sentada na areia molhada, qual croquete devido Às brincadeiras da canalhada, a ouvir aquela que diz que vai aumentar as mamas ou a outra que vai fazer uma açordinha para o almoço da cria. A maior parte só me consegue arrancar um sorriso amarelo e um esgar de troça que não consigo disfarçar. Mas há excepções. E assim me junto a duas mães, dois pais e duas meninas.

Ele é ver-nos aos pares juntos para todo o lado. Partilhamos toldos. Fazemos equipas de pais que se revezam para que os outros possam ter ums minutos tranquilos ao sol. As meninas andam de mãos dadas e a passo de marcha. Inventam-se brincadeiras para meter ordem em tudo. Elas sorriem. Estão felizes. E nós também.

Da esfera da praia passamos automaticamente para os almoços tardios na esplanada ou para os jantares em família. Passeios pela marginal da vila para digerir. Elas as 3 sempre juntas. As mães a descobrirem que até são colegas de profissão. Soltam-se segredos e confidÊncias. Os maridos dão no vinho. Um whisky para relaxar.

Partilhamos afinal os mesmos dramas, os mesmos medos. Sentimos o mesmo. E nesta convivência que começou "forçada" percebemos que não estamos sós e que acabámos por fazer amigos.

Para o ano lá estaremos outra vez.
Para a semana há sushi em Lisboa agora que já voltámos ao trabalho e que sobrevivemos aos filhos em férias!!!